O intestino e o sistema imune: ação da Microbiota
- Norey Teodózio
- 20 de out. de 2020
- 2 min de leitura
Já há algumas décadas conhece-se o facto de que os intestinos alojam a maior reserva de células do sistema imunitário em intensa atividade. Também já de muito era conhecida a função da outrora chamada “flora intestinal” na defesa do organismo. Entretanto, descobertas mais recentes ampliaram a sua importância e esses componentes, agora denominada microbiota intestinal são considerados um autêntico órgão que age em colaboração não apenas com os intestinos, mas, também, com outros órgãos. Neste momento, é intensamente estudada como alternativas terapêuticas para várias doenças.

A composição da microbiota confere
ao indivíduo uma espécie de “identidade enteral” uma vez que apenas 50 % dela é de incidência comum e os demais 50 % são próprios de cada indivíduo pois é influenciada pelo tipo de parto, aleitamento, pela dieta alimentar predominante e por perturbações diversas que possam ocorrer ao longo da vida. Esta composição estabelece não apenas a capacidade individual de defesas contra agressores, mas, também, podem estar relacionadas com a propensão a diversas doenças inflamatórias crônicas, distúrbios neurológicos e doenças autoimunes, entre outras.
Supõe-se que, desde cedo (primeiros três anos de vida), a microbiota se desenvolve e se estabiliza e age estimulando o sistema imunológico no seu aprendizado das respostas a agentes infeciosos; uma microbiota pobre na criança pode influenciar a sua resposta imunitária ao longo da vida adulta. Por outro lado, sabe-se também que a dieta regular do indivíduo exerce uma forte influência na composição da microbiota. Dietas ricas em açúcares e gordura animal definem um tipo de composição; dietas vegetarianas, outro tipo. Está também demonstrado que a introdução de uma grande quantidade de probióticos na dieta alimentar favorece o organismo no combate de doenças.
Existem evidências de que manter a saúde intestinal é um bom ponto de partida para a prevenção e cura de diversas doenças de diversas naturezas, mas especialmente, ajuda a prevenir problemas de foro imunitário. Saiba como
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